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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

E os futuros???


Depois de entrevistar alguns fotógrafos atuantes no mercado, conhecer suas histórias e descobrir modalidades bem diferentes de fotografia, deu vontade de procurar alguém que ainda está começando. Ninguém conhecido (por enquanto), mas com algo em comum a todos que vimos até agora: paixão pela fotografia.
Foi procurando por isso que encontrei as fotografias de Guilherme Soares, estudante de jornalismo da UERJ. 
E o melhor dessa história: tudo começou na própria Universidade.


Quando e como começou seu gosto pela fotografia?

Começou a partir das aulas que tive com o professor Ricardo Hollanda, da FCS (Faculdade de Comunicação Social). Já tinha um certo interesse na parte de tratamento de imagens, mas nada muito sério. Quando conversei com o Hollanda, comecei a estudar também sobre edição cinematográfica e fotográfica. Foi aquele tesão em primeira pessoa. A partir de então, decidi sempre focar meus trabalhos para o lado fotográfico.

O que você mais gosta de fotografar? Porque?

Gosto de fotografar o subúrbio carioca. Sou da escola de pensamento que busca um 'quê' diferenciado nas coisas. Via isso em trabalhos de Fotojornalismo. A maioria visava abordar temas sobre natureza, região do centro do Rio ou Zona Sul. É verdade que tais lugares possuem uma infinita possibilidade de registros. O problema é que existem tantos trabalhos sobre eles que até mesmo o infinito já tá acabando. Resolvi buscar no subúrbio esse diferencial. Meu próprio portfólio tenta mostrar isso de uma forma explícita. Por outro lado, o desafio é bastante excitante. É fácil, por mais iniciante que você seja, tirar uma foto bonita da praia de copacabana. Fazer o mesmo com dois meninos jogando bola em cima de uma laje de uma favela que é o desafio.

Você pretende seguir pelo fotojornalismo ou por outra modalidade (casamentos, festas)?

Fotojornalismo, sem dúvida. Não desmerecendo as outras áreas, mas Fotojornalismo é o lugar que me identifico. Os poucos concursos que participei, fiz fotos com esse viés.

Como você vê o mercado fotográfico com essa facilidade de se comprar câmeras digitais? Como se diferenciar com a esse aumento da concorrência?

Em um mundo onde o Photoshop reina, a câmera tende a ser um fator opcional. Claro, um bom equipamento e um bom profissional farão toda a diferença em algum trabalho. Contudo, hoje ocorre uma popularização do equipamento. As funções são tantas que só falta ele próprio bater a foto para você. Por exemplo, não existe diferença significativa - salvo o preço - em câmeras de 10MP e 15MP. Creio, no entanto, que mesmo com toda essa facilidade, as pessoas apenas tiram fotos. Só alguém que realmente se dedique, enxergará algo especial, único.

Algum fotógrafo em especial como inspiração?

Augusto Malta, sem dúvida. Ele tinha o feeling de captar um Rio de Janeiro que, talvez, nem sabia que era Rio de Janeiro.



Acredita que a Uerj te deu uma base boa, suficiente para incentivá-lo a seguir esse ramo?

A Uerj oferece ferramentas. Mas o aluno tem que procurá-las. O curso de jornalismo ajudou. Mas, por exemplo, existe um curso livre de fotografia oferecido por ela e que poucos sabem.

Já faz algum curso extra, pretende fazer?

Sim. Pretendo me especializar assim que concluir a graduação.

Alguma foto especial?

Todas são especiais, mas a que tenho uma estima maior foi a que tirei na Central do Brasil, com o relógio indicando 50 graus. Pus no meu orkut, no facebook e divulguei no twitter. Cerca de 1h depois uma pessoa do Globo Online estava entrando em contato comigo para poder usá-la. Achei isso sensacional.




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